sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Corrida de São Silvestre - 31 de Dezembro


Amanhã, dia 31 de dezembro, ocorre a 87ª edição da Corrida de São Silvestre.

A corrida tem esse nome porque acontece no dia 31 de dezembro, data em que a igreja católica celebra o dia de São Silvestre.

São Silvestre nasceu em Roma e foi Papa da Igreja Católica entre os anos de 314 e 355. Ele morreu em um dia 31 de dezembro e, anos mais tarde, foi também em um 31 de dezembro que a Igreja Católica o canonizou.

A corrida, de 15km, é realizada anualmente desde 1924. Trata-se de um dos poucos eventos que aconteceram ininterruptamente, mesmo durante a Segunda Guerra Mundial, quando boa parte dos eventos esportivos foi suspensa.

A Corrida de São Silvestre foi idealizada pelo jornalista e empresário Cásper Líbero. Em 1918, aos 29 anos, depois de ter trabalhado em outros veículos de comunicação, ele se tornou diretor e proprietário do jornal A Gazeta, modernizando-o e fazendo dele um dos maiores órgãos de imprensa da época. Foi, por exemplo, o primeiro periódico brasileiro a ter cores na impressão.

Daí que nos anos 20, após assistir e se encantar com uma corrida de rua de Paris, o jornalista teve a ideia de organizar uma semelhante aqui em São Paulo, como meio de promoção e divulgação de seu jornal. Nascia assim a São Silvestre.

O primeiro vencedor da prova chamava-se Alfredo Gomes e era um atleta do clube Espéria. Nos primeiros anos, aliás, a prova não acontecia no período da tarde como agora. Começava meia-noite, ou seja, a São Silvestre era o evento da virada do ano, o evento do réveillon.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

6 DE DEZEMBRO - DIA DE SÃO NICOLAU


Das tradições natalinas, uma das que mais gosto é a do Dia de São Nicolau.

Quando meus filhos eram pequenos, dia 6 de dezembro montávamos a árvore de Natal, enfeitávamos a casa e colocávamos as meias penduradinhas, onde eram colocadas as cartinhas para Papai Noel. São Nicolau vinha buscá-las, e deixava nas meias doces e guloseimas em geral.

São Nicolau é um santo muito amado pelos cristãos e alvo de inúmeras lendas. Nicolau realmente existiu e foi um bispo em Mira, atual Turquia. Filho de pais ricos com profunda vida de oração, nasceu Nicolau no ano 275 em Pátara, na Ásia Menor.

Tornou-se sacerdote da diocese de Mira, onde com amor evangelizou os pagãos, mesmo no clima de perseguição que os cristãos viviam.

São Nicolau é conhecido principalmente para com os pobres, já que ao receber por herança uma grande quantia de dinheiro, livremente partilhou com os necessitados. Daí que nos países do Norte da Europa, usando da fantasia, viram em Nicolau o velho de barbas brancas que levava presentes às crianças no mês de dezembro.


Sagrado Bispo de Mira, Nicolau conquistou a todos com sua caridade, zelo, espírito de oração, e carisma de milagres. Historiadores relatam que ao ser preso, por causa da perseguição dos cristãos, Nicolau foi torturado e condenado a morte, mas felizmente se salvou em 313, pois foi publicado o edito de Milão que concedia a liberdade religiosa.


São Nicolau participou do Concilio de Nicéia, onde Jesus foi declarado consubstancial ao Pai. Entrou Nicolau no Céu em 324 ao morrer em Mira com fama de santidade e de instrumento de Deus para que muitos milagres chegassem ao povo.


As histórias que falam sobre ele dão conta de sua bondade e generosidade. Seguem algumas para explicar a doçura do dia 6 de dezembro.


A primeira fala do que Nicolau fez quando soube que em uma cidade no ocidente as pessoas estavam passando fome. Ele reuniu nozes, maçãs, frutas secas e grãos de trigo. Para ajudar, as mulheres da cidade fizeram pães de mel. Encheram um navio e mandaram para a tal cidade. A embarcação demorou muito para chegar e aportou no seu destino apenas à noite, quando todos dormiam. Então os tripulantes dividiram os alimentos e deixaram nas portas das casas. Depois foram embora.

Outra história conta que um viúvo tinha três filhas e estava passando por grandes necessidades. Seu sofrimento era saber que não tinha dote e que não poderia casar as meninas. São Nicolau, então, juntou um saquinho de moedas de ouro e jogou à noite pela janela. O saquinho foi cair dentro de um sapato e o viúvo conseguiu casar a primeira filha. A história se repetiu mais duas vezes e todas foram casadas, graças aos presentes dos sapatinhos.


Dessas duas lendas vem a tradição do "sapatinho na janela" - sim, aquele que inspirou a música!!!






Então, vamos todos escrever nossas cartinhas hoje??

sábado, 7 de maio de 2011

A vida não dá duas safras

“A gente só começa a viver de verdade no dia em que descobre que a vida não vai durar para sempre. Talvez você esteja aí do outro lado pensando que eu disse uma tolice, pois é claro que todo mundo sabe que vai morrer!

Na verdade, com o festival de chacinas que se assiste diariamente nos telejornais, com gente morrendo por todos os lados, era mesmo de se esperar que todo mundo já soubesse que também pode e vai morrer. A qualquer momento.

Infelizmente não é assim. Morrer continua a ser uma idéia vaga e absurda para a maioria das pessoas. Algo que só se vê, de verdade, nos telejornais e em lugares muito distantes. Na vida real, só ocorre mesmo com o vizinho… De preferência, com os mais chatos. Com a gente, nunca! Vivemos como se todos nós tivéssemos sido hipnotizados por um mago para acreditarmos que vamos durar para sempre.

Por isso a gente adia tanto, tudo, o tempo inteiro. O projeto de ser feliz, a mudança de emprego, de cara, de cidade, de par amoroso. Deixa para uma hora mais propícia, menos problemática, mais oportuna e menos inadequada. Sempre para daqui a algum tempo, quando a gente tiver mais dinheiro, quando a gente se aposentar, quando os filhos crescerem, quando tivermos uma folga, quando a economia se normalizar.

Antes de mais nada, é preciso sobreviver, ganhar dinheiro, fazer sucesso – pensa a maioria. A vida mesmo vai ficando para depois, quando todas essas coisas tão mais importantes já estiverem equacionadas e resolvidas. O problema é que vida não entende essa linguagem de adiamento. “Oportuno” e “adequado” são palavras sem nenhum significado para o ritmo da vida. Vida é como sorvete debaixo de sol quente: – ou você toma na hora ou vai ficar chupando dedo. Vida é um negócio de “aqui” e “agora”, de extrema premência e necessidade.

Eu sempre achei muito engraçado as pessoas usarem esse verbo “sobreviver” em lugar de “viver”. Sobreviver significa continuar a viver depois que aconteceu algum sinistro grave, como um incêndio de grandes proporções ou a queda de um avião. Constatado que a pessoa não tem nenhuma ocorrência deste tipo em seu prontuário, conclui-se que a tragédia, da qual ela escapou ilesa (e porisso está condenada a viver) foi ter nascido…

A maior tragédia que pode acontecer a alguém é passar pela vida sem viver. Nenhuma justificativa justifica perder a chance de estar vivo, de existir, de experimentar cada momento – escasso e passageiro – que se tem neste mundo. Nem um grande negócio. Nem todo o dinheiro do mundo. Nem um sucesso de arrebentar a boca do balão. Viver a vida é o item básico na cesta básica de qualquer pessoa.

Pra encurtar conversa, já que essa ladainha pode ir muito longe: com a vida é assim, ou você faz agora, já, com os recursos que tem, ou esquece.”

por Geraldo Souza

domingo, 24 de abril de 2011

A fita métrica do amor


Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.

Martha Medeiros